Buscas por como excluir o Facebook cresceram 250% após filme “O Dilema das Redes”

1 de outubro de 2020

Por Alana Santos

É bem provável que você já tenha ouvido falar do documentário The Social Dilemma 2020 (O Dilema das Redes), lançado pela Netflix.

No filme, que foi dirigido por Jeff Orlowski, especialistas em tecnologia e profissionais da área discutem sobre os impactos devastadores que o uso exagerado das redes sociais pode ter sobre nossas vidas, sociedade e democracia.

Por mais irônico que possa parecer, os usuários estão utilizando as próprias redes sociais para comentar sabre o documentário que aconselha justamente a redução do uso dessas tecnologias.

Porém, três semanas após o lançamento do filme, um levantamento feito pela Decode, empresa de análise e pesquisa em big data, mostra que buscas por “Desativar / excluir Facebook” cresceram cerca de 250% no Google entre 9 e 29 de setembro.

Os termos “excluir Instagram”; “desativar notificações” e “desativar temporariamente” também estão sendo mais procurados pelos brasileiros: 100%, 110% e 120%, respectivamente. Confira abaixo o infográfico montado por eles:

Apesar de não ser possível falar com 100% de certeza que os aumentos ocorreram devido ao lançamento do documentário, seria muita coincidência que na semana seguinte ao seu lançamento as buscas cresceram.

Embora os números demonstrem que o filme chamou a atenção das pessoas, os comentários nas próprias redes sociais, também analisados pela Decode, revelam que o conteúdo não refletiu numa mudança prática.

Tentamos levantar dados que possam indicar novas tendências de comportamento e há uma crescente procura por formas de desativar perfis nas redes. Se levarmos em conta que a própria Netflix se beneficia dos mesmos algoritmos sociais para investir em seus produtos, essa onda também pode estar tendo efeitos previsíveis e desejáveis“, comenta Lucas Fontelles, analista da Decode.

Além das buscas no Google, no Twitter, 56% das pessoas comentaram que não vão reduzir o uso de redes sociais e 45% publicaram que têm vontade diminuir a frequência nessas plataformas.

Fonte/Créditos: Exame.