Conheça a tecnologia que protege as criptomoedas

30 de julho de 2024

Por Alana Santos

O Bitcoin (BTC) foi a primeira criptomoeda que nasceu e continua sendo um dos pilares da primeira criptomoeda do mundo com milhares a consultar o gráfico bitcoin hoje. Contudo, com a evolução do tempo, esta moeda também tomou vida própria e começou a explorar novos mercados. Atualmente, a tecnologia facilitou a transação de moedas digitais e também permitiu a criação de contratos inteligentes. Neste artigo, venha descobrir o uso e impacto destas moedas na sociedade atual. 

Significado

De forma simples, este é um grande banco de dados compartilhado que registra as transações dos usuários. A primeira rede do mercado, a rede do Bitcoin, armazena informações como a quantidade de criptomoedas transferida entre os usuários, a identificação (endereço digital) dos indivíduos que enviaram e receberam os valores, e a data e hora das transações. Uma blockchain, como a do Bitcoin, difere dos bancos de dados “tradicionais” em que ela não é controlada por governos, empresas ou grupos políticos. O sistema foi projetado para que os participantes – ou nós mesmos – controlem tudo e tomem as decisões da rede. Uma cópia da blockchain está presente nos computadores de todos os envolvidos em todo o mundo. Portanto, quando um membro acessa o sistema, independentemente de estar no Japão, nos Estados Unidos ou no Brasil, ele vê as mesmas informações. Sem a aprovação da população, nenhuma mudança pode ser implementada.

Funcionamento

Blockchain significa literalmente “corrente de blocos”. Embora vários modelos estejam disponíveis hoje, o primeiro foi apresentado com o Bitcoin em 2008. Para entender melhor como funciona a rede descentralizada do BTC, considere-a como um livro-razão virtual, ou ficha que armazena as transferências, que está rodando em vários computadores em todo o mundo ao mesmo tempo. Um bloco de informação registra a transferência de Bitcoin feita pelo usuário A para o usuário B. Quando o bloco está cheio de transações, ele é “selado”, recebe um carimbo que contém data e hora, conhecido como timestamp, e é “empacotado” com um identificador conhecido como hash. Imagine um quadrado cheio de letras e números aleatórios para visualizar essa estrutura.

Surgimento

Em 31 de outubro de 2008, a blockchain do Bitcoin surgiu. Naquele dia, o pseudônimo da pessoa por trás da criptomoeda conhecido como Satoshi Nakamoto publicou o white paper ou guia do BTC chamado “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System” (Bitcoin: Um Sistema de Dinheiro Eletrônico Peer-to-Peer). É importante notar que Nakamoto não usa exatamente a palavra “blockchain” no documento. Ele cita apenas os termos “block” e “chain” ao longo das nove páginas do material. Como resultado, o termo blockchain é um buzzword (palavra da moda) criado pelo mercado. Portanto, não há registros de uso da tecnologia antes do Bitcoin. A primeira grande aplicação de blockchain foi o BTC. No dia 3 de janeiro de 2009, o primeiro bloco da cadeia foi minerado. Ele é chamado de Gênese e contém uma mensagem criptografada deixada por Nakamoto: “The Times 03/Jan/2009 Chancellor on brink of second bailout for banks” (Chanceler à beira do segundo resgate aos bancos, em tradução livre).

Diferentes tipos disponíveis

Apesar da existência de centenas de modelos de blockchain, o público e o privado são os dois principais domínios da tecnologia. Qualquer pessoa tem permissão para entrar nas blockchains públicas. Além disso, todos podem ver como as coisas estão se movendo, e não há uma entidade centralizada, como uma empresa, um banco ou o governo, que regule as informações. Essa categoria inclui as redes do Bitcoin e do Ethereum. Governos e empresas se interessaram pela tecnologia com o boom das criptomoedas. Eles desenvolveram blockchains privadas com uma entidade central que gerencia as informações e as regras. Como resultado, esse modelo é mais lógico para aqueles que desejam aproveitar as vantagens da tecnologia, mas também desejam preservar sua privacidade. O sistema é usado em projetos por empresas como IBM e JBS, bem como por agências governamentais como a Receita Federal do Brasil e os governos do Ceará e do Paraná.  

Confiança da Blockchain

A força computacional determina a segurança de uma blockchain. Portanto, a probabilidade de violar a sequência de blocos é aumentada com o número de servidores conectados à rede e sua distribuição. A blockchain do Bitcoin é composta por vários blocos que se conectam entre si para formar uma corrente. Esse mecanismo evita que hackers alterem os valores e alterem a rede porque uma mudança em qualquer ponto afetaria todo o sistema e não seria aceita pelos participantes. A função hash, uma impressão digital inerente a cada bloco, garante a segurança das informações. Ele pode ser identificado e impedir alterações no seu conteúdo. Portanto, o hash muda se os dados do bloco forem alterados, o que indica a violação. Como os demais podem facilmente detectar blocos fora do padrão, essas regras diminuíram o incentivo à fraude. Além disso, o fato de os dados estarem dispersos por um grupo de computadores independentes que fazem parte da rede, em vez de estarem centralizados em um único servidor, torna mais difícil para os hackers atacar. Portanto, podemos concluir que a tecnologia Blockchain é muito segura para uso empresarial e no mercado de criptomoedas.

Source imagem: pexels.com.