O iFood oficializou a cobrança de uma taxa de serviço fixa de R$ 0,99 em todos os pedidos feitos pelo app, em qualquer cidade do Brasil. A mudança começou a valer no último domingo, 25 de maio de 2025, e foi implementada de forma silenciosa, sem notificações diretas aos usuários.
Até então, essa taxa era aplicada apenas em pedidos abaixo de determinados valores, como R$ 40, R$ 35 ou R$ 25, dependendo da região. Com a nova regra, a cobrança se tornou obrigatória para qualquer valor e cliente, incluindo assinantes do Clube iFood, que pagam R$ 12,90 mensais.
No comunicado oficial, a empresa afirma que o valor extra serve para desenvolver melhorias constantes na tecnologia e na experiência de compra. Segundo o iFood, essa prática é comum no mercado brasileiro e internacional.
Apesar da justificativa, a taxa se soma às demais cobranças da plataforma, que já incluem comissão de 12% a 23% dos restaurantes, 3,20% sobre o processamento de pagamento e mensalidades de até R$ 150 para estabelecimentos que faturam mais de R$ 1,8 mil por mês.
A prática acendeu discussões, já que, tradicionalmente, no setor de alimentação, a taxa de serviço, como os conhecidos 10% do garçom, é opcional e destinada aos colaboradores, conforme estabelece a Lei nº 13.419 de 2017. Além disso, o Código de Defesa do Consumidor, no artigo 39, inciso V, proíbe a cobrança de vantagem manifestamente excessiva.
Os usuários do iFood agora paga três valores: o pedido, a taxa de entrega quando aplicável e a nova taxa de serviço de R$ 0,99, independentemente do valor, local ou se possui assinatura ativa.
