A American Eagle mostrou que até uma polêmica pode ser transformada em resultado. A varejista de moda viu suas ações dispararem mais de 25% no pós-mercado após divulgar resultados trimestrais acima do esperado, poucos dias depois da campanha com Sydney Sweeney ganhar repercussão global.
A ação publicitária, batizada de “Good Jeans”, foi lançada em julho e rapidamente gerou críticas por conta de um trocadilho que muitos interpretaram como referência à eugenia. O caso tomou grandes proporções nas redes sociais, dividiu opiniões e até chamou a atenção de Donald Trump, que em sua rede Truth Social definiu o anúncio como “o mais quente que existe”.
Apesar da reação negativa, o barulho acabou fortalecendo a presença da marca e se refletiu nas vendas.
No trimestre encerrado em 2 de agosto, a American Eagle registrou receita de 1,28 bilhão de dólares. O número ficou abaixo do mesmo período do ano anterior, mas ainda acima das estimativas de mercado. Já o lucro por ação atingiu 0,45 dólar, quase o dobro das projeções de analistas.
O CEO Jay Schottenstein destacou que o bom desempenho foi impulsionado pela força da coleção de outono e pelo impacto das campanhas com Sydney Sweeney e Travis Kelce, que ampliaram a conscientização da marca e aumentaram o engajamento do público.
Segundo a própria companhia, alguns produtos apresentados por Sweeney esgotaram em apenas um dia, enquanto outros desapareceram das prateleiras em menos de uma semana. Além do alcance digital, a campanha também ganhou projeção offline com ativações em locais icônicos como Times Square e a Sphere de Las Vegas.