A Amazon confirmou nesta semana que irá demitir cerca de 14 mil funcionários ao redor do mundo. O corte faz parte de uma ampla reestruturação interna que tem como principal objetivo realocar recursos para o avanço de projetos em Inteligência Artificial, um movimento que vem se tornando cada vez mais comum entre as gigantes de tecnologia.
Mudança de rota
Segundo comunicado interno, a decisão tem como foco “remover camadas, aumentar a autonomia e investir nos nossos maiores bets e no que mais importa para os clientes”.
Na prática, significa que a empresa pretende se tornar mais enxuta e ágil para acelerar o desenvolvimento de novas ferramentas baseadas em IA generativa, área que o CEO Andy Jassy descreve como “a mais transformadora desde a internet”.
“Esperamos continuar contratando em áreas estratégicas importantes e, ao mesmo tempo, encontrar lugares adicionais onde possamos remover camadas, aumentar a propriedade e ganhar eficiência”, escreveu Beth Galetti, vice-presidente de experiência pessoal e tecnologia da Amazon.
Atualmente, a Amazon já trabalha em mais de mil projetos relacionados à IA, incluindo automação de processos internos, aprimoramento da experiência no e-commerce e novas aplicações em serviços como Alexa, AWS e publicidade digital. A estratégia mostra que a companhia está disposta a redirecionar esforços humanos e financeiros para consolidar sua posição de liderança tecnológica.
Impacto e futuro do trabalho
O corte, que atinge principalmente cargos corporativos, representa cerca de 4% da força de trabalho administrativa da empresa. Analistas apontam que, mais do que uma medida de contenção de custos, a ação marca o início de uma nova era corporativa, na qual a automação e a IA começam a redesenhar funções e estruturas de trabalho.
Enquanto os avanços tecnológicos prometem ganhos de eficiência e inovação, eles também levantam discussões importantes sobre o futuro do trabalho e o impacto da automação em profissões de perfil corporativo, especialmente em setores como marketing, atendimento e tecnologia da informação.
O discurso das marcas em tempos de reestruturação
Para empresas que passam por movimentos semelhantes, a forma de comunicar essas mudanças é tão estratégica quanto a decisão em si. Em um cenário onde “menos pessoas e mais tecnologia” se torna uma tendência inevitável.
É possível ler a nota divulgada pela Amazon na íntegra através deste link.
