Sim, você leu certo. Em um movimento ousado e que promete causar polêmica entre cinéfilos, o filme de terror M3GAN vai ganhar uma reexibição nos cinemas. Mas dessa vez, o uso do celular, normalmente proibido dentro das salas, será não só permitido, como incentivado.
Uma nova forma de consumir cinema?
A ação faz parte do festival “Halfway to Halloween”, organizado pela Blumhouse (produtora do filme) em parceria com a Meta. Com o objetivo de testar uma experiência cinematográfica híbrida, onde a tela grande e a tela do celular coexistem.
Durante a sessão, o público será convidado a usar o Movie Mate, uma tecnologia de segunda tela conectada ao Instagram Direct. Por lá, os espectadores poderão interagir em tempo real com a própria M3GAN por meio de um chatbot.
Enquanto o filme rola, os celulares vão receber curiosidades, cenas de bastidores, interações com a boneca assassina e conteúdos exclusivos pensados para complementar (e não interromper) a trama.

A aposta da Blumhouse e da Meta
Jason Blum, CEO da Blumhouse, afirmou que a ideia é explorar novas maneiras de manter o público imerso, utilizando o digital como aliado da experiência.
Omar Zayat, executivo da Meta, endossa a proposta dizendo que a colaboração busca reaproximar as pessoas do hábito de ir ao cinema, especialmente as gerações mais conectadas.
A iniciativa conversa diretamente com uma audiência que já consome conteúdo de forma multitarefa, pulando entre telas e plataformas o tempo todo. Nesse cenário, por que não transformar o celular em parte da experiência?
Nem todo mundo achou uma boa ideia
Apesar da proposta inovadora, nem todos a receberam com entusiasmo. Profissionais da indústria cinematográfica apontam riscos como a distração do público, aumento de comportamentos disruptivos durante a exibição e até a possibilidade de facilitar a pirataria.
Nas redes sociais, a divisão de opiniões foi imediata. Enquanto uns adoraram a chance de conversar com a M3GAN e viver o filme de uma forma mais interativa, outros classificaram a ideia como “um pesadelo para quem ama cinema de verdade”.
Uma provocação necessária?
A discussão reacende um velho dilema: o que é “ir ao cinema” em tempos de TikTok, Instagram e realidade aumentada? A reexibição de M3GAN propõe mais do que um revival do filme. Será essa a chave para atrair uma nova geração às salas? Ou o começo de uma era em que a imersão cede espaço à hiperconectividade?
De uma forma ou de outra, M3GAN já fez o que se propôs: causar, dividir e colocar todo mundo pra falar sobre cinema, tecnologia e comportamento.