A Jaguar, marca britânica de automóveis de luxo, encerrou sua parceria com a agência responsável pelo mais recente reposicionamento global da empresa. A decisão veio poucos dias após o lançamento da nova campanha, que gerou uma avalanche de críticas nas redes sociais e entre especialistas do mercado.
A ação de marketing visava modernizar a imagem da Jaguar, com uma abordagem mais ousada e provocativa. No entanto, o resultado acabou sendo visto como um distanciamento excessivo da identidade clássica e sofisticada que consagrou a montadora ao longo de décadas.
Críticas à campanha levaram à demissão da agência
Desde a estreia da campanha, a reação do público foi imediata — e negativa. Muitos consumidores apontaram que o novo posicionamento parecia genérico, destoava do legado da marca e falhava em transmitir os valores que a Jaguar representa. Nas redes sociais, expressões como “campanha sem alma”, “descaracterização” e “erro estratégico” dominaram os comentários.
A repercussão foi tão intensa que, segundo fontes do mercado, a Jaguar tomou a decisão de encerrar o contrato com a agência criativa antes mesmo de concluir a primeira fase da campanha.
Em comunicado, a marca declarou que está “reavaliando sua estratégia criativa global” e que essa movimentação faz parte de um “ajuste necessário dentro do processo de transformação da marca para os próximos anos”.
Quando inovar se torna um risco
O episódio gerou um novo debate sobre os limites do branding e do reposicionamento de marcas tradicionais. Até que ponto é possível inovar sem romper com a essência da marca? Como equilibrar o desejo de renovação com o respeito à identidade construída ao longo do tempo?
No caso da Jaguar, a tentativa de rejuvenescimento esbarrou em uma base de consumidores que valoriza o design clássico, o prestígio e a tradição da marca. A desconexão entre o novo discurso publicitário e a expectativa do público gerou não apenas críticas, mas também desconfiança sobre os rumos da marca.
Jaguar ainda não anunciou nova agência
Até o momento, a Jaguar não revelou qual agência assumirá o trabalho de comunicação global após a ruptura. Especialistas acreditam que a marca deve buscar uma nova parceira com um olhar mais estratégico e alinhado ao seu legado histórico.
Enquanto isso, o caso serve como um alerta valioso para profissionais de marketing e publicidade: ousar pode ser necessário, mas desconectar-se da essência da marca pode custar caro.