O Metrô de São Paulo e a Jotacom transformaram o Dia Mundial da Gentileza em um convite coletivo à empatia. A nova ação 360º inverte a lógica dos assentos preferenciais e muda a percepção de milhões de passageiros com uma ideia simples, visual e altamente compartilhável.
Em vez das placas tradicionais, os vagões receberam novas sinalizações na cor dos assentos comuns, reforçando a mensagem: quando todos os lugares estão ocupados, todos se tornam preferenciais.
A intervenção nasce de um dado real que aponta um problema recorrente. Segundo o Metrô, 51% dos passageiros afirmam presenciar o desrespeito aos assentos preferenciais com frequência. Por lei, apenas 10% dos assentos precisam ser reservados, mas o Metrô já oferece mais do que o mínimo exigido. Mesmo assim, a falta de empatia segue comum no dia a dia. A campanha usa esse cenário para resgatar a função real das sinalizações e reposicionar o preferencial como gesto, e não como cor.

Para Matheus Mendes, diretor de Criação da Jotacom, a força da ideia está justamente na simplicidade. Com baixo custo de execução e alto potencial de mídia espontânea, a troca das placas funciona como gatilho de reflexão imediata dentro e fora das composições. “Às vezes, uma simples troca de placa é o suficiente para mudar a forma como milhões de pessoas enxergam a gentileza. A beleza da ideia está justamente nisso: ser simples, mas gerar uma conversa gigante”, afirma.
Ao todo, cerca de 240 placas redesenhadas foram distribuídas em três composições das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. A ação se desdobra em múltiplos pontos de contato: painéis digitais nas estações, monitores da TV Minuto, redes sociais, canais oficiais do Metrô e mensagens sonoras com provocações como “Qual é a cor do assento preferencial? Faz diferença?”. A abordagem segue princípios de design comportamental, reforçando que gentileza não é sobre a placa, mas sobre quem precisa do lugar.
O movimento reforça uma fase de maior protagonismo criativo do Metrô em campanhas de cidadania, ampliando iniciativas que incentivam convivência e respeito no transporte público. A proposta é que o gesto simbólico inspire atitudes contínuas: ceder o assento para quem mais precisa, independentemente da cor ou da sinalização.