Em um cenário marcado por excesso de estímulos, comparações constantes e ciclos de tendências cada vez mais acelerados, o Pinterest Predicts 2026 indica um movimento claro de desaceleração emocional. O relatório anual da plataforma revela que, no próximo ano, as pessoas vão se afastar do barulho e buscar conforto, autenticidade e pequenas doses de escapismo como forma de autopreservação. Menos seguir tendências por obrigação e mais escolher aquilo que faz sentido de forma pessoal.
O estudo mostra que o não conformismo ganha força. Em vez de aderir ao que está em alta de forma automática, os usuários passam a enxergar as tendências como ferramentas de expressão individual. O que importa não é estar dentro, mas estar alinhado com quem se é ou com quem se deseja ser. Esse comportamento aparece tanto na moda quanto na beleza, na decoração e até nos hábitos do dia a dia, sempre com um olhar mais curatorial e menos performático.
A nostalgia surge como abrigo emocional, mas longe da simples repetição do passado. Ela aparece reinterpretada, misturando referências afetivas com linguagem contemporânea. O lar vira espaço lúdico, a estética infantil retorna de forma consciente, o artesanal e o feito à mão ganham valor simbólico. Tudo aponta para um desejo de pertencimento que nasce de dentro, e não da validação externa.
Outro eixo forte do relatório é o otimismo realista. Em um mundo onde planejar o longo prazo parece cada vez mais abstrato, as pessoas encontram no presente pequenas formas de esperança. O escapismo deixa de ser fuga e passa a ser ferramenta criativa. Moda, beleza, viagens e experiências assumem narrativas mais imaginativas, sensoriais e até fantásticas, sem perder a conexão com a realidade.
O Pinterest reforça seu papel como um ambiente onde tendências não geram comparação ou ansiedade, mas funcionam como ponto de partida para criações únicas. A plataforma se consolida como um espaço de exploração pessoal, onde cada estética pode ser remixada, adaptada e personalizada. Em 2026, o que estará em alta não será o que todo mundo faz, mas aquilo que cada um escolhe tornar seu.
Confira o relatório completo.
