A Keeta, plataforma de delivery da chinesa Meituan, inicia suas operações em São Paulo e em outras oito cidades da região metropolitana a partir de 1º de dezembro. Maior empresa do setor no mundo, a companhia chega ao Brasil com um foco diferente do padrão local: competir pela tecnologia, não só pelo preço.
O principal destaque é o capacete inteligente desenvolvido pela própria Meituan. A peça será distribuída gratuitamente aos entregadores parceiros e combina sensores, navegação assistida e alertas de segurança, algo que nenhuma plataforma de delivery oferece hoje no país. O uso começa com ciclistas e, depois, chega aos motociclistas.
A entrada da Keeta movimenta o mercado por outro motivo: a empresa não exige exclusividade de restaurantes, permitindo que cada estabelecimento atue em múltiplos apps ao mesmo tempo. Em um cenário dominado por velocidade e desconto, a marca tenta criar um terceiro pilar, o da tecnologia aplicada ao trabalho do entregador.
Números da chegada ao Brasil
O investimento inicial para São Paulo é de R$ 1 bilhão, parte de um plano de R$ 5,6 bilhões nos próximos cinco anos. A plataforma estreia já com:
• 27 mil restaurantes cadastrados
• 98,2 mil entregadores parceiros
• entregas gratuitas em mais de 90% dos pedidos
• cupons de boas-vindas de até R$ 200
• política de Horário Garantido, com compensação de até R$ 50 em caso de atraso
Estrutura para entregadores
Além do capacete inteligente, a Keeta destina R$ 100 milhões em ações de apoio. Em dezembro, abre seu primeiro Centro de Suporte ao Entregador em Santo Amaro, com área de descanso, água, banheiros, cozinha e treinamentos. Os ganhos podem ser sacados diariamente e sem taxas.
Piloto e expansão
A operação começou no fim de outubro em Santos e São Vicente. Em 20 dias, o número de restaurantes cresceu 60% e o de entregadores, 135%. Agora, a expansão segue para Guarulhos, ABC, Osasco, Diadema, Barueri e Itaquaquecetuba.
A Meituan atende 770 milhões de pessoas por ano e processa cerca de 80 milhões de pedidos diariamente. A Keeta já opera em Hong Kong, Arábia Saudita, Qatar, Kuwait e Emirados Árabes Unidos.
