Câmara dos EUA aprova lei que pode acabar banindo o TikTok do país

24 de abril de 2024

Por Alana Santos

A Câmara dos Deputados aprovou uma lei que pode proibir a plataforma TikTok no país caso sua detentora chinesa, a ByteDance, não venda a participação na rede social em um período de até um ano.

Em março, a Câmara Legisladora já havia votado um projeto de lei semelhante, na época, o texto previa a proibição do app nas principais lojas de aplicativos e outros serviços, e foi aprovada por 352 a 35 votos. Agora, o prazo anterior pode ser prorrogado em 90 dias, com possibilidade da adição de três meses caso a venda esteja em andamento – mas estaria sujeita a uma aprovação presidencial. A lei foi aprovada por 360 a 58 votos e ainda seguirá para o parecer do atual presidente, Joe Biden.

Segundo veículos internacionais, a junção acelera o processo e é considerada prioridade para a Casa Branca – sobretudo em um cenário de ano eleitoral.

O TikTok se manifestou no perfil TikTokPolicy, no X:

“É lamentável que a Câmara dos Representantes esteja usando a cobertura de uma importante assistência externa e humanitária para mais uma vez obstruir uma lei de proibição que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos, devastaria 7 milhões de empresas e fecharia uma plataforma que contribui com 24 bilhões de dólares para a economia dos EUA anualmente”.

A movimentação da política estadunidense é uma tentativa de desvencilhar o TikTok de sua propriedade chinesa. Políticos alegam que a plataforma teria compartilhado dados de usuários dos Estados Unidos chinês. Isso se soma, ainda, à preocupação de que a China poderia aplicar seu algoritmo do TikTok para alimentar a propaganda política de seus usuários.

Nesta nova fase, o TikTok pode contestar a legislação dos EUA na Justiça. Caso isso seja feito, aponta a CNN, a medida poderia ser bloqueada durante o tempo em que o litígio estiver em curso. Caso a liminar seja recusada, a ByteDance teria que cumprir a lei.

Fonte/Créditos: Meio & Mensagem.

Foto de Alexander Shatov na Unsplash.