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Agência Africa admite que distorceu dados sobre a campanha que ganhou Leão de Ouro em Cannes

A temporada de Cannes Lions pode até ter acabado, mas os bastidores continuam fervendo. Depois da repercussão negativa em torno da DM9, acusada de manipular dados em cases premiados, agora foi a vez da agência Africa admitir que exagerou nos resultados apresentados na campanha da Brahma que levou Leão de Ouro no festival.

A campanha em questão destacava a transformação de anúncios em fachadas de apartamentos em descontos para quem ainda buscava uma boa hospedagem durante o Carnaval, com participação da marca Housi. No vídeo enviado para o festival, o case apresentava números que chamaram atenção do mercado.

Com o mercado em clima de desconfiança, os olhos se voltaram para outras campanhas brasileiras premiadas e foi aí que os números apresentados pela Africa começaram a ser questionados.

Em resposta à pressão, a agência admitiu ter cometido “um exagero” ao apresentar os resultados da campanha da Brahma. Segundo a própria Africa, os dados foram revistos e corrigidos.

A posição da Housi

A Housi, que aparece como parceira na ação, também se manifestou. Em nota, a empresa afirmou que prestou serviços à Africa na execução do projeto, mas que não teve qualquer envolvimento na elaboração do case enviado para Cannes, nem tampouco validou os números divulgados.

Com isso, a empresa se isenta da responsabilidade sobre os dados apresentados e reforça que não participou da inscrição no festival.

Uma discussão que vai além dos Leões

A admissão da Africa joga ainda mais luz sobre uma prática que há tempos é criticada nos bastidores da publicidade brasileira: a “embelezada” nos números de campanha para impressionar jurados em festivais internacionais.

Se por um lado Cannes segue sendo a maior vitrine criativa do mundo, por outro, cresce a cobrança por transparência, integridade e autenticidade nos cases apresentados. O próprio mercado começa a se mobilizar para evitar que os Leões sejam conquistados à base de dados inflados ou ações irreais.

O que antes era visto como “jeitinho brasileiro”, agora está virando sinônimo de fraude.

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