A Turma da Mônica recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da cidade de São Paulo, após sanção da lei assinada pelo prefeito Ricardo Nunes em 1º de dezembro de 2025. O reconhecimento celebra a relevância histórica, social e artística da obra de Mauricio de Sousa, que há mais de seis décadas influencia gerações de leitores.
A iniciativa começou em 27 de outubro, data em que Mauricio completou 90 anos. Nesse mesmo dia, a Prefeitura enviou à Câmara Municipal o Projeto de Lei 1324/2025, que destacava a importância da produção do cartunista para a identidade paulistana. O texto foi aprovado por unanimidade em votação simbólica no plenário, no dia 5 de novembro, demonstrando amplo consenso sobre o valor cultural do acervo do autor.
A relação entre Mauricio de Sousa e São Paulo é antiga. Foi na capital que, em 1959, ele publicou sua primeira tira, com Bidu e Franjinha, marco inicial do universo que daria origem à Turma da Mônica. Desde então, sua obra ultrapassou fronteiras: mais de 400 personagens já foram criados, os quadrinhos alcançaram cerca de 50 países e foram traduzidos para 14 idiomas, somando mais de um bilhão de exemplares vendidos.
Para marcar o reconhecimento, a Prefeitura anunciou um conjunto de ações culturais previstas para 2026. Entre elas, a instalação de 90 esculturas de personagens em diferentes bairros da cidade e um banco temático no Viaduto do Chá, que se tornará um ponto de convivência e homenagem ao cartunista. As intervenções urbanas buscam aproximar ainda mais o público do legado de Mauricio.
Com a nova lei, São Paulo reforça a importância das narrativas gráficas na construção de sua memória coletiva. Ao eternizar a Turma da Mônica como patrimônio cultural imaterial, a cidade reconhece oficialmente o impacto da obra que acompanha a formação de milhares de leitores e integra seu imaginário afetivo.

