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Designer acusa governo de violar direitos autorais na nova marca

Após toda a polemica gerada após o lançamento da nova marca do Turismo do Brasil no exterior, o designer francês Benoit Sjöholm acusou a Embratur de violar seus direitos autorais.

Lançada há pouco tempo, a campanha “Brazil – Visit and love us” utiliza uma fonte tipográfica criada pelo artista que não pode ser usada comercialmente sem autorização. Questionado nesta sexta-feira, dia 26, o órgão federal admitiu o erro e afirmou que irá mudar a campanha.

A fonte chamada “Fontastique” está disponível para aquisição em sites especializados, mas só pode ser usada por pessoas físicas e seu uso comercial é proibido sem a autorização.


Estou muito surpreso com essa notícia“, comenta o designer. “Isto é, de fato, neste caso, uma violação de direitos autorais.

Ao ser questionada, a Embratur admitiu ter adotado uma fonte que não poderia ter sido usada comercialmente e afirmou que vai fazer as alterações na marca, buscando uma fonte gratuita.

Secretários pedem que campanha seja retirada do ar

A nova marca foi alvo de protestos do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo, que pediram a retirada da campanha do ar.

A associação afirmou que não participou em parte alguma do planejamento da campanha e que a nova marca tem “conotação sexual” e “não representa o turismo do Brasil“.


O Brasil vem há anos trabalhando para apagar a imagem de destino de “turismo sexual”, porém, a tradução dúbia do slogan pode colocar todo esse trabalho em risco“, diz o Fornatur em nota.

O Fornatur criticou ainda a frase em inglês e a forma como o nome do país foi escrito. “Brasil com “z” ignora a grafia correta, não é utilizado há décadas e foi abolido justamente para que nossos símbolos fossem respeitados“, disse a associação, em nota.

“O slogan, como foi apresentado, sugere conotação sexual já que, na língua inglesa, o verbo amar pode significar um ato sexual se vier junto com o pronome errado, como no caso dessa marca que usa o pronome “us” e não o “it”.”, completou o órgão.

Confira a nota completa enviada pela Embratur sobre o caso:

“Sobre a fonte usada na nova marca da Embratur para promoção internacional do turismo brasileiro:Foi identificado que a fonte utilizada (Fontastique) não pode ser utilizada gratuitamente, para a atividade da Embratur.

Por conta disso, o instituto já está realizando as alterações necessárias nesta marca.

Para atender as diretrizes de economicidade do governo federal, o Instituto Brasileiro de Turismo não utilizará a referida fonte, e buscará uma alternativa também sem custos, que atendam os padrões técnicos.

Não será necessário o contato com o criador da fonte (Fontastique), pois a fonte não será utilizada pelo instituto.”

Sobre as alegações que o slogan poderia ser considerado um incentivo ao turismo sexual, a Embratur nega que a campanha tenha qualquer indício de conotação sexual e que a nova marca foi desenvolvida com inspiração na bandeira nacional.

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